sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

PARA SEMPRE...


22 de março é aniversário da minha mãe.
Lygia. Belo nome. Sonoro nome. Nome que traz consigo toda uma família, toda uma vida repleta de constantes alegrias e um sorriso lindo e franco.
A vida é assim: você não espera que aconteça e de repente, ela te puxa o tapete, te puxa o chão e olha lá!! Caímos...
Nunca escrevi nada a respeito da “morte” de minha mãe. Ausência. Perda. Choro. Frio. Insônia. Desespero.
Saudade. Remorso. Culpa.
Lygia... Mulher que ao mundo veio somente para iluminá-lo com seu sorriso e sua inocência. Pureza que transgredia toda realidade à sua volta.
Mãe. Companheira. Amiga. Mulher de fé. Cristã.
Hoje, vendo retratos antigos, percebo minha mãe menina. Adolescente, cheia de vida, montando à cavalo e sentindo a brisa do vento a roçar-lhe a pele. Pele suave e rosada que tinha. “Quando criança, gostava de tomar sopa de inhame, por isso, minha pele é tão boa”.
Ah mãe. Quisera poder conter as lágrimas enquanto escrevo. Mas percebo que já as conti tempo demais. O tempo é precioso. Não nos descuidemos dele. Gostaria de não ter me descuidado tanto. Agora já perdi o momento. Os momentos. Tantos...
É. Mas você Lyginha, mora dentro do meu coração. Filha que te deu aborrecimentos. Sim, eu sei..
Mas antes de tudo acontecer, estávamos tão próximas, o que me alivia um pouco a culpa que carregarei eternamente por ter sido tão descuidada e cega aos teus carinhos, teu zelo de mãe e tuas preocupações.
Me dê um beijo minha mãe. Me dê um abraço.
Ai que me desespero de saudade...

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