domingo, 25 de abril de 2010

E...


Aqui, agora, olho para mim e o que vejo? E o que sinto? E o que sou? E o que fui? E o que deixei de ser?
E o que deixei de ser, para me tornar esse outro eu, desconhecido, apavorante. Sim! Porque tenho medo desse eu. Tenho medo de eu!
Onde foi parar a alegria, o prazer, o riso?
E ao invés de, a dor, extrema, aguda. A solidão dentro do eu, dentro de eu.
Inaptidão. Inércia.Insônia.Vontade de ser eu.De descobrir o eu.De ser vento e sumir na tempestade.De ser viva!
E é um nó na garganta, um não respirar, um não viver. É o eu apodrecido que caiu da árvore.É a árvore que deixou o eu apodrecer e cair...cair...
É o silêncio que corta meus gritos contidos na escuridão do eu. É a ignorância de ser eu.
Eu ignorante,ignorada. Enojada.Cansada. Abatida. É o eu abatido, no chão, apodrecido.Apodreço só. Porque quis. Porque quero. Onde está o riso de menino que não rompe o silêncio? Silêncio dentro.Psiu!Deixa adormecido,"e o anel que tu me deste, era vidro e se quebrou."

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