sábado, 1 de dezembro de 2012

Eu...

Uma grande libertação é a minha escrita. Difícil, é verdade, pois palavras não conseguem nunca traduzir uma pessoa como eu, quando em turbulência, tudo é abundante, em felicidade, tudo é abundante, Sendo, tudo é abundante. Porque sou mesmo assim: abundante, não me contento com pouco, nem com as convenções. Sou o extremo, sou o não a qualquer tipo de limitações impostas pela "sociedade" reinante, "careta e covarde." E quero assim, porque só assim continuarei sendo libertária e amando o libertário. Se me acomodo, sufoco, enojo, morro. Quero o longe, os desertos, os vales floridos, o infinito, o eterno. Quero ser um campo de girassóis.. Quero a eternidade nesse corpo de mulher. Mulher que não joga, que não brinca com o que sente. Mulher que já pariu, que já amamentou, mulher que é menina, que é flor... Mulher sendo fêmea. Instinto, desejo, gozo. Sempre o gozo, sempre o instinto, sempre a pele, sempre a química dos corpos, sempre o cheiro do macho que tem poder enorme sobre a fêmea que sou. Odores, sexo transbordante, liberto de tabus, sexo que liberta... Mulher multifacetada , mutante, se exposta aos padrões: não passa no teste...se exposta aos padrões: é "indecente", "imoral", "safada". Hahahahaha...rio muito de tanta imbecilidade. Nasci na contramão, e assim é perfeito SER: na contramão, no contra fluxo. As experiências enriquecem quem se atreve. Quem se acomoda, morto está. Sou mesmo multifacetada. Sou mesmo esse turbilhão, essa mulher louca, insana, de jeitos "estranhos", de modos não muito convencionais, de comportamento inadequado para quem usa saias... Essa sou eu e várias outras também sou, serei sempre. É preciso uma senha para penetrar esse labirinto enlouquecido de sensações? Sim, é preciso, porque senão fica fácil demais e o fácil cansa, é enfadonho, é ridículo. Difícil acesso é sempre melhor, pois existem surpresas a todo instante. Reinações de uma mulher destemperada e gostosa e sexual e animal... Essa sou eu, quer dizer, essa sou um pouquinho de eu: desajustada às convenções e por isso não encontro a saída e ao mesmo tempo, o ato de escrever em mim é tão libertário, que é a própria saída. (não por inteiro, mas é). Depois de escrever sobre meu desajustamento funcional,consegui sair. Não digo que consegui colocar os pés nesse chão, porque isso é inviável, como boa bruxinha que sou, tudo meu voa...voa...voa... mas agora, já consigo respirar com o coração mais leve e a leveza é fundamental para o bom funcionamento da alma.. Uma pinóia que vou ser gado, me sinto gado pela convenção imposta e que eu deixo que assim seja. Uma banana pra essa gente toda. Mudança já! E como sou multifacetada, desajustada, não há um mortal que consiga me reduzir a condição de gado, a condição de animal submisso. Por isso estou aqui, dando minhas chifradas nessa caretice toda. Eis minha libertação: a escrita, o amor, o equilíbrio, o"meu Centro"... Ah, como é preciso sentir tudo, viver tudo, plenamente, eternamente, divinamente. Só assim posso ser essa mulher observadora, intensa, intempestiva, fêmea, doce e menina....

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