terça-feira, 30 de março de 2010

A vida parou ou foi o automóvel?(Drummond)


Fruteira vazia.... Ha ha ha...
Para que serve? Vazia assim? Onde está a utilidade? E pra que serve? Pra ficar vazia. Imóvel. Fazendo-me lembrar do que já foi.
Inutilidades, escrevo eu... pensamentos que vagueiam por meu coração sombrio. Fechado. Amargurado. Cansado.
Pra que serve uma fruteira vazia? Para colocar dentro meus pensamentos, meu passado, minha infância, minha mãe, minha felicidade.
Catarse! É preciso de...
Sono, alegria, sol, luz. Vento e tempestade. Eis o que sou agora. Tormenta.
Ah, como é tudo tão ridículo e tão fácil.
E tão certinho e tão metódico e tão autoritário e nojento e vergonhoso e sufocante e estarrecedor. Afinal, tudo isso é uma fruteira vazia a me incomodar. Em cima da mesa. Soberana, me lembrando do que eu fui, do que eu perdi, do elo que se rompeu.
Da vida que passa... passa... passa...

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